sábado, 10 de julho de 2010

1. Eu faço esporte ou sou usado pelo esporte?

2. Qual a sua opinião sobre a influência da mídia nas práticas esportivas e o que é para você uma prática esportiva passiva?


Todas as pessoas de uma forma ou de outra são em algum momento influênciadas pela mídia. O caso dos esportes não é uma exceção. A idéia de lazer, saúde e bem-estar que propõem é deixada em segundo plano enquanto a audiência de emissoras e a propaganda de produtos sejam eles esportivos ou não prevalecem.
As pessoas não apenas curtem o esporte, elas o "consomem". Para ser mais clara, o que quero dizer é que nas situações atuais está muito dificil separar os interesses econômicos ( da mídia, empresas, etc..) do esporte em sí.

A mídia alimenta esse consumo em massa, no entanto se formos pensar em termos de lucros, tanto a mídia quanto os telespectadores lucram com todo esse sistema porque mesmo visando seus próprios benefícios, ela de algum modo ajuda também as pessoas a tomarem gosto pelo esporte, incentivando sua prática.

Refletindo sobre o assunto, chego a conclusão de que sou usada pelo esporte, uma vez que adoro assisti- lo na televisão e gosto também de comprar mercadorias relacionadas a ela, porém agora ciente desta condição, tenhos certeza de que eu e outros alunos que pararam para pensar em sua situação vamos mudar essa realidade, talvez não parando de consumir ( coisa que me parece muito difícil, principalmente para jóvens) mas sim se beneficiando também por meio da práticas de esportes.

Para mim a prática esportiva passiva seria quando não estamos exatamente realizando exercícios físicos, não estamos praticando o esporte, mas estamos ligados à esse universo de modo que nos proporciona bastante prazer, por exemplo quando assistimos os jogos da Copa pela televisão, é uma prática esportiva passiva.

"We're all african"

A Copa do mundo é sempre muito esperada, a cada quatro anos milhões de pessoas esquecem suas diferenças, seus problemas e dificuldades e juntam-se para torcer por seu país. Vibram, riem...choram. Porém a copa de 2010 tem tudo para ser mais especial, porque além de todas as emoções que cercam uma Copa do mundo, esta acontecerá na Africa do Sul! o que torna tudo mais interessante. Esse país carrega marcas de um passado que fora superado com muita luta e sofrimento, no entanto essas marcas não escodem as belezas dessa terra cheia de pessoas trabalhadoras que mesmo condicionadas à tristeza levam sua história com um grande sorriso no rosto.

Localização Geográfica

A África do Sul, oficialmente República da África do Sul, é um país situado no extremo sul da África, com 2.798 quilômetros de litoral sobre os oceanos Atlântico e Índico. O país divide suas fronteiras com a Namíbia, Botsuana e Zimbábue ao norte; Moçambique e Suazilândia a leste; e com o Lesoto, um enclave totalmente rodeado pelo território sul-africano.

História


A história deste país começa no ano de 1487, quando o marinheiro português Bartolomeu Dias chegou ao Cabo das Tormentas, atualmente Cabo da Boa Esperança.
Duante o século XVI foram os portugueses os que navegaram por estas águas de uma forma contínua, mas no sécúlo XVII os holandeses uniram-se, foi o marinheiro Jan Van Riebeck, quem estabeleceu uma base para os navios holandeses no Cabo da Boa Esperança, para os barcos que iam para as Indias. Os holandeses começaram entao a espalhar-se pela regiao, colonizando o país, o que levou ás primeiras guerras com os nativos, os Xhosa.
No século XVIII foram os ingleses que chegaram. Em 1797 tem lugar uma guerra entre os holandeses e os britânicos e em 1805 os ingleses juntaram-se ao país. Uma vez finalizada a guerra com os holandeses os britânicos contunuaram as suas guerras com os nativos, os Amaxhosa, alargando a fronteira e consolidando mais marcas britânicas. Posteriormente parou o comércio deescravos, a escravidao foi abolida em 1833.
Em 1867 descobrem-se diamantes e ouro, o que levou a um crescimento da populaçao devido ao auge económico que se tinha na época. Mas também houve uma maior resistência dos nativos, como os Borres, que resistiram ao contínuo assédio britânico,até príncipios do século XX. 10 anos depois do fim da guerra, os sul africanos conseguem as sua independência.
Cria-se a Uniao Sul Africana, e o país começa a dividir-se entre Afrikanders e brancos que falavam inglês. O país tinha ficado dividido entre uma maioria negra e uma minoria branca. Depois da II Guerra Mundial chega ao poder o Partido Nacional em 1948, o que possibilitou as minorias brancas que mantiveram o seu poder, tinha nascido o Apartheid, ou seja o racismo e distinçao entre brancos e negros no país, esta situaçao provocou uma inimizade de numerosos países nao só no ambiente, se nao no mundo.
O passo seguinte nao foi menos racista ou totalitarista,nasceram assim os movimentos anti-apartheid e fizeram-se fortes no Congresso Nacional Africano qaundo prenderam o seu líder, Nelson Mandela. O CNA esteve proíbido até 1990, ano em que se libertou Nelson Mandela e se celebraram as primeiras eleiçoes multirraciais. Em 1994 o CNA ganhou as eleiçoes e Mandela foi nomeado presidente.

Política

O presidente atual do país que sedia esta Copa do Mundo é Jacob Gedleyihlekisa Zuma, sucessor de quatro outros presidentes negros que lutavam contra o apartheid. O governo sul-africano funciona segundo um sistema parlamentar, para que o Presidente da África do Sul seja ao mesmo tempo chefe de estado e chefe de governo. O presidente é eleito numa sessão conjunta do parlamento bicameral, que consiste de uma Assembleia Nacional (National Assembly), ou câmara baixa, e um Conselho Nacional de Províncias (National Council of Provinces, NCoP), ou câmara alta.
Hoje a África do Sul tem três capitais: Cidade do Cabo, a maior das três, é a capital legislativa; Pretória é a capital administrativa e Bloemfontein é a capital judiciária.

Economia


A África do Sul é um dos poucos países do continente africano de economia diversificada. Em resumo é alicerçada no setor de serviços, indústria, agricultura e extrativismo. Ocupa atualmente a condição de país mais rico e industrializado da África.
O setor de serviços está inserido, majoritariamente, na atividade do turismo. O país tem no safári um dos maiores atrativos turísticos. Além de parques nacionais, turismo de negócios e veraneio no litoral.
O parque industrial é diversificado, nele destaca-se a indústria química, petroquímica, alimentícia, equipamentos de transporte, siderúrgica, máquinas, equipamentos agrícolas e metalúrgica.
A África do Sul é um grande produtor agropecuário, isso se deve ao fato de existir extensas terras férteis. Na agricultura, o país se destaca no cultivo de milho, cana-de-açúcar, uva, laranja, já na pecuária as principais criações são de bovinos, aves, caprinos e ovinos.
No extrativismo o país destaca-se na exploração de suas jazidas minerais, especialmente de carvão, cobre, manganês, ouro, cromita, urânio, ferro e diamantes.


Cultura
A natureza heterogênea da população da África do Sul explica o crescimento da mistura de culturas, aspecto naturalmente manifestado nas línguas, artes e religiões.

Em todo o mundo, a língua é reconhecida como um dos direitos básicos de um indivíduo. Para atender a este requisito fundamental, a Constituição de 1993 da África do Sul apresenta 11 línguas, agora oficiais em nível nacional. São elas: Afrikaans, Inglês, isiNdebele, Sesotho sa Leboa (Sotho do Norte), Sesotho (Sotho do Sul), siSwati, Xitsonga, Setswana, Tshivenda, isXhosa e isiZulu.

Existem duas tradições teatrais estabelecidas na África do Sul: a africana — desenvolvida com o passar dos séculos — e a européia, introduzida na cultura da África há dois séculos e meio. Recentemente, uma nova tradição híbrida desenvolveu elementos contidos nas duas antigas.

O desenvolvimento das tradições contemporâneas tem sido influenciado pelas raízes européias. A nova tradição, no entanto, é ancorada na forma de desempenho da tradição africana, apresentando características com interessantes variações urbanas populares.

Os últimos anos têm sido palco de transformações de grande projeção no mundo da música sul-africana.

Embora ainda exista uma clara polarização entre a música européia, de um lado, e a música étnica sul-africana, do outro lado, há sinais de que se inicia um processo mútuo de compreensão e aceitação.

A música que possui uma fusão dos dois estilos também ganhou popularidade. Esta nova e vibrante música é interpretada por grupos, tais como Soweto String Quartet, Ladysmith Black Mambazo, Mango Groove, Mandoza, Hugh Masekela e Mahotella Queens.

Para os amantes da arte na África do Sul, o mês de julho tornou-se sinônimo de Festival de Artes Nacionais.

Anualmente, o festival é realizado durante alguns dias, no meio do inverno, em Grahamstown, no Eastern Cape. O evento cresceu através dos quadros político, social e cultural, tornando-se uma a importante influência de estilo nas artes e na cultura da África do Sul.


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“Porque nunca seu povo foi tão real, sua nação foi tão palpável. Faltou todo o sentimento de milênios carregado pelo mutilado, esquecido e feliz povo africano. Faltou a carga de emoção real, faltou a aura de alegria verdadeira – e única- de um povo que até chega dar a impressão que deixa de lado qualquer sentimento de injustiça, para saudar o mundo que o renegou e agora vem até eles.A Copa, pela fala de um prêmio Nobel, Desmond Tutu, de uma história irretocável, que fala em perdão sem esquecimento (entender realmente isso, chega a ser surreal), que fala em “we’re all africans” (e somos mesmo!), que foi calado durante décadas, que lutou não por um país SÓ negro, mas um país de todo seu povo, já valeu! Seu discurso – que mais pareceu uma ode à alegria – quebrou todos os preconceitos que vinha lendo numa das redes sociais mais acessadas do mundo. “Emocionou quem questionava a qualidade musical de um povo que não busca mostrar ao mundo tecnologia, imponência, riqueza, pieguices, mas apenas a sua cultura, a sua maneira, sublime, de viver mesmo ao lado de uma infinidade de mazelas.”

COMENTÁRIO:
A Copa do Mundo na Africa deu a chance não apenas aos sul africanos, mas à todo o continente, de provar definitivamente que os africanos têm muito mais a oferecer do que miséria e safáris.
Alvo de olhares de todo o mundo, quebrou-se a equívoca crença de fracasso por falta de infra-estrutura e preconceitos de um país novo, preocupado não apenas com sua economia e tecnologia, mas, antes de tudo, com sua cultura e seu povo!
Tiago Souza procura, neste trecho, mostrar como é possível um povo sofrido ser generoso e estar de coração aberto para acolher quem, por causas históricas, deveriam cultuvar o ódio e rancor.



2. Faça agora uma reflexão sobre o seguinte assunto: "Perspectivas para a próxima Copa do Mundo no Brasil em 2014".

Sediar uma Copa do Mundo não parece ser uma tarefa fácil, até mesmo para um país modelo de organização e infra-estrutura.
A Africa do Sul esta aí para nos mostrar que mesmo com dificuldades e alguns imprevistos é possível SIM oferecer tudo que é necessário para sua realização e ainda com grande estilo.

O problema que se alastra pelo Brasil é essa falta de confiança, as pessoas não acreditam que sejamos capazes de sustentar um projeto de tamanha escala.
É claro que haverão reformas, ajustes, novas construções e um custo alto para a realização da Copa e é obvio também que surgirão problemas a serem encarados de frente, porém quando chegarmos lá, quando 2014 chegar, quem receberá países de todos os cantos do mundo com um sorriso no rosto e muita alegria seremos nós!

Por isso não adianta nada reclamar e dizer que não dará certo, o que temos que fazer é ajudar, apoiar nossa nação e é claro esperar anciosamente..