"O controle do peso corporal constitui importante preocupação para a
sociedade atual. Estudos epidemiológicos realizados recentemente apontam que
cerca de 30 - 35% dos indivíduos acima de 20 anos e por volta de ¼ das
crianças e dos adolescentes que vivem em sociedades industrializadas
apresentam sobrepeso ou são considerados obesos." (KUCZMARSKI, 1994)
O trecho acima debate sobre um tema extremamente importante cujos dados são preocupantes.
Apesar de existirem diferenças individuais importantes relacionadas aos mecanismos de consumo e de demanda energética, o equilíbrio energético é essencial às modificações associadas à proporção relativa de gordura e de massa isenta de gordura.
Portanto o papel do "eq uilíbrio energético" é de extrema importâcia juntamente com as dietas e exercícios físicos regulares. Equilíbrio energético nada mais é que a relação
entre o consumo energético, traduzido pelo equivalente calórico dos nutrientes que compõem a dieta e a demanda energética associada
ao equivalente energético do trabalho biológico realizado.
O ganho de peso está quase sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e com a redução dos gastos energéticos ligados a ela. O aumento dessa ingesta pode surgir da quantidade de alimentos ingeridos ou da sua qualidade, enquanto que o gasto energético pode estar associado a características genéticas ou a dependêcia de uma série de fatores endócrinos e clínicos.
A relação consumo-demanda energética apresenta três possíveis situações:
Equilíbrio energético positivo.
Equilíbrio energético negativo.
Equilíbrio isoenergético.
Quando o consumo exceder a demanda energética, ocorre o equilíbrio energético positivo. É o caso, por exemplo, de um indivíduo que apresenta, em média, consumo de alimento com equivalente energético de 2600 kcal/dia, acompanhado por demanda proveniente do trabalho biológico de apenas 2500 kcal/dia, o que equivale a equilíbrio positivo ou "superávit" de 100 kcal/dia. Essas 100 kcal extras não utilizadas pelo organismo são armazenadas na forma de gordura, que r esultam em proporcional aumento do peso corporal.
Se a demanda energética ultrapassar o seu consumo, passa a existir "déficit" energético ou equilíbrio energético negativo. É o caso do indivíduo que consome em sua dieta alimentar por volta de 2100 kcal/dia, ao mesmo tempo em que utiliza 2900 kcal para atender às necessidades energéticas do trabalho biológico. O "déficit" de 800 kcal deverá ocasionar reduções equivalentes no peso corporal, na medida em que o organismo deverá recorrer aos estoques adicionais de nutrien tes na tentativa de atender as necessidades energéticas.
No entanto quando o gasto e o consumo de energia são iguais temos o equilíbrio isoenergético. Por exemplo, um indivíduo apresenta consumo de alimentos, em média, de equivalente a 2800 kcal/dia acompanhado de um trabalho biológico que produz um gasto energético de 2800 kcal. Logo não haverá alteração no peso corporal
O curioso é que, quanto mais se intensifica a indústria do controle do
peso corporal, com a comercialização de produtos como “pílulas para
emagrecimento”, adoçantes artificiais, bebidas e alimentos dietéticos, livros e
outras publicações sobre dietas e exercícios físicos de efeito imediato, além de
serviços como massagens para “queimar gordura”, “ginástica sem esforço”,
etc., menor número de indivíduos tem conseguido reduzir o peso corporal e aqueles que conseguem não os mantêm por mais que algumas semanas.
Portanto,
há muita coisa para se aprender ainda, o que torna importante o fato de ter o acompanhamento de uma nutricionista,
de Professores de Educação Física e até de fisiologistas para ter
uma maior compreensão destes fatos. De qualquer forma, o que você precisa na prática é ter esta equipe que possa te ajudar e ir
à luta, mantendo uma dieta equilibrada feita por uma nutricionista
e reavaliada constantemente, além dos exercícios regulares que
vão de encontro as suas necessidades e objetivos, que também devem ser reavaliados a cada dois ou três meses.